terça-feira, 26 de março de 2013
A cura do Cego Bartimeu (Mc 10)
O Evangelista Marcos não dá ponto sem nó! O capítulo 10 de Marcos é riquíssimo em histórias cujos ensinos se entrelaçam. Os relatos são descritos como tendo acontecido em sequência no mesmo dia ("então" v.13, "e, pondo-se Jesus a caminho" v.17, "então" v. 23, "estavam de caminho" v.32, "então" v.35, "e foram para Jericó" v. 46). E, todas as histórias demonstram claramente que os discípulos, ainda imaturos, têm muito a aprender. Eles discriminam e menosprezam tanto as crianças (v.13) como o mendigo cego (v.48), ficam espantados e estranham as palavras de Jesus a respeito do Jovem Rico (v.24 e 26), ainda estão ambicionando posição de destaque e poder (v.37, 41). Agindo assim, eles estão refletindo o sistema de valores deste mundo, que prestigia o forte e despreza o fraco, valoriza o rico e menospreza o pobre, bajula as autoridades e oprime os humildes. Mas no Reino de Deus não é assim(v.43)! Os discípulos têm mais lições a aprender na saída da cidade de Jericó.
Bartimeu estava desempregado, falido, arruinado, vivia a mendigar. Estava fora da cidade, excluído do núcleo social. Estava também assentado à beira do caminho. “Assentado” porque já estava cansado de esperar em pé, o que indica também que estava há muito tempo naquela situação que parecia sem saída. Bartimeu era cego – além da debilidade física tinha o agravo do preconceito daquela sociedade ignorante que via aquilo como resultado de um maldito carma.
Vemos que aquele mendigo cego de Jericó era desprezado e tratado com desdem. Aos olhos do mundo, era um João ninguém, mas não aos olhos de Deus! Ele é honrado com a menção de seu nome como também do nome de seu próprio pai: "Filho de Timeu"! Ele é alguém aos olhos de Deus. Alguém muito amado com identidade, história e valor!
Bartimeu, até mesmo devido a sua deficiência, jamais tinha tido a oportunidade de ver a Jesus, todavia, ele creu! Fez melhor que Tomé! Tornando-se, assim, um tipo dos crentes de hoje! Bem-aventurados os que não viram e creram. Crendo, clamou humilde e insistentemente por compaixão – buscou com fé pelo "Filho de Davi" (título messiânico)!
Mas, para seu espanto, foi repreendido pelos próprios discípulos, que tentaram calá-lo, afastando-o de Jesus, assim como haviam tentado impedir que as crianças de se aproximassem de Jesus. Interessante notar que o Evangelista Marcos relata tais eventos muito próximos um do outro, separados apenas pelo registro do encontro de Jesus com o Jovem Rico. Bem, a este os discípulos deram as boas vindas. Os discípulos ainda tinham muito a aprender com Jesus.
No entanto, Bartimeu não desanimou, antes, clamou mais alto ainda! Diante da oposição, seguiu em frente a exemplo de Zaqueu! Tem gente melindrosa que se escandaliza e desiste de seguir a Jesus por muito menos. Os próprios discípulos, ainda carnais e imaturos, estavam servindo de pedra de tropeço para ele, mas Bartimeu não caiu, não desanimou, mas insistiu e será recompensado por isto!
Jesus parou para dar atenção ao Clamor de Bartimeu, sinal do valor que ele dava aquele homem ainda que ele não representasse nada para o povo da cidade de jericó e não passasse de um João Ninguém aos olhos dos próprios discípulos que ainda estavam contaminados por preconceitos de toda espécie. Interessante notar aqui que Jesus, a propósito, não atende diretamente ao chamado, mas concede oportunidade aos discípulos de se redimirem, enviando-os com uma mensagem ao Bartimeu. Os discípulos se dirigem agora ao Bartimeu de modo completamente diferente com uma mensagem acolhedora de esperança: "Tem bom ânimo", "Levanta-te" que "Ele te chama". Também nós, hoje, a semelhança dos discípulos, somos enviados aos oprimidos com a boa notícia do Evangelho que anima os fracos e levanta os caídos. Bendito seja o chamado de Jesus!
Diante do chamado, Bartimeu não titubeia, num salto, se levanta, igual à Zaqueu abraça alegre e prontamente o convite de Jesus. Ele Lança a capa, ou seja, joga ela fora. Bartimeu não possuía casa, carro, poupança, ele não tinha nada a não ser uma capa, que, até então, lhe fora muito útil, a ponto de servir-lhe até como cobertor. No entanto, em vista do chamado de Jesus, ela perdeu o valor de estimação. Ele não faz mais caso dela. Ele encontrou algo supremo diante de si e está deixando as coisas velhas para trás. Aqui também se pode observar um contraste com a atitude do Jovem Rico que, apegado as riquezas, virou as costas para Jesus, abrindo mão do Reino de Deus, enquanto Bartimeu, desapegado, lança sua capa, volta-se para Jesus para apropriar-se do Reino de Deus.
Então, Jesus lhe pergunta: “O que queres que eu te faça?”. Jesus certamente sabia o que ele queria, mas desejava ouvir isto dos próprios lábios dele, pois a oração é um exercício de fé e que aprimora também o nosso relacionamento com Deus.
Bartimeu ora de maneira simples e direta – “Quero enxergar novamente!”. Às vezes falamos demais para dizer tão pouco. Reparar que as orações bíblicas são geralmente muito curtas. Jesus nos ensina a orar de maneira objetiva, sem vãs repetições, e nos adverte a não seguirmos o exemplo dos fariseus que gostavam de utilizar a oração para promoção pessoal. Outra coisa a obsevar aqui é que o Bartimeu pediu algo que só Deus podia fazer, sinal de que realmente acreditava estar diante do Filho de Deus!
A fé de Bartimeu é contemplada por Jesus! Ele recebe a cura dos olhos humanos, e, mais que isto, ganha também uma visão espiritual! Recebida a bênção da cura, Bartimeu não foi embora para viver a vida à sua maneira. Mas, ele passa a seguir a Jesus caminho fora! Não está mais à beira do caminho, mas no Caminho. Não é mais um excluído, mas foi incluído, caminhando no centro da vontade de Deus entre os discípulos de Jesus. Não foi apenas iluminado, mas está seguindo os passos do iluminador do Mundo, com vistas a tornar-se uma lâmpada desta Luz (Jo 8.12; Mt 5.15).
sexta-feira, 22 de março de 2013
A mulher e a dracma perdida!
Olá Tiago, a parábola da dracma perdida a princípio quando lida isoladamente das outra duas é uma das mais intrigantes que Jesus contou.
A parábola da Dracma Perdida (Lc 15,8-10) para ser melhor compreendida precisa ser lida à luz das outras duas a da Ovelha perdida (Lc15,3-7) e a denominada do Filho pródigo (Lc 15,11-32), uma vez que ela está no meio destas duas. Ela é relatada unicamente em Lucas. Há uma intenção do redator em apresentar o relato desta forma em que o amor misericordioso de Deus é apresentado de forma progressiva.
Vejamos na primeira parábola da Ovelha perdida Jesus a propõe com a intenção de mostrar que Deus se preocupa com qualquer ovelha que se perde do seu rebanho, em que ele vai a procura até encontrá-la. Deus não desiste dos que dele se afastam. Veja bem como termina no v. 7: haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. E na última parábola proposta por Jesus do filho pródigo, o pai fica ansioso e feliz pela volta do seu filho mais novo que pediu os bens a que tinha direito, gastou tudo que volta arrependido querendo apenas ser como um empregado do pai. Nesta parábola Deus é apresentado como um pai amoroso e que se alegra com a volta dos filhos que dele se afastam e por isso se rejubila e faz festa. A volta para Deus precisa ser muito bem comemorada. Veja como termina no v. 32: “era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
Na parábola da Dracma perdida é a menor moeda que se perde. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu não importando o seu valor. Ela tinha 9 moedas e se empenha ainda em procurar a outra. Acende a lâmpada, varre a casa, e a procura diligentemente faz uma verdadeira faxina, não deixa um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. No v. 10 Jesus afirma: “de igual modo há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Quando alguém peca se afasta de Deus, é como se escondesse de Deus, por isso essa afirmação de Jesus. A respeito de se esconder de Deus, veja o que fizeram Adão e Eva quando desobedeceram a Deus em Gn 3,8. Veja também como Deus vai novamente conquistar seu povo que dele se tinha afastado Os 2,14, em que Deus atrai seu povo para si, o leva ao deserto e lhe fala ao coração.
Percebemos uma graduação e especificação na busca de Deus pelos que dele se afastam. Se na da Ovelha perdida é a alegria de Deus por encontrar uma ovelha que se perdeu (qualquer um/uma do rebanho), na da Dracma perdida é a alegria pela menor das moedas que é encontrada (pelo ser humano considerado como menor ou mais pequeno = pecador) e na do filho pródigo a alegria e a festa por um filho (alguém que é da sua família), que se arrepende e retorna.
Que Deus nos ajude para que saibamos nos deixar iluminar por sua Palavra e por sua Luz e que quando for necessário também ir à procura daqueles que estão afastados dele, do seu caminho, da justiça, da paz, da fraternidade e do amor que unem e são a expressão da verdadeira vida cristã.
quinta-feira, 21 de março de 2013
A incredulidade de tomé.
É possível que a simples leitura do nome do apóstolo Tomé, leve o leitor a relacionar este artigo com mais uma mensagem sobre a dúvida e a incredulidade. Tomé é um apóstolo muito conhecido não só no meio evangélico como entre os católicos e os ortodoxos, mas muitas vezes, infelizmente, mal conhecido.
Todos conhecem a passagem em que Tomé manifesta a sua incredulidade, o seu nome tem sido utilizado por muitos pregadores para mensagens sobre o assunto, e por muitos incrédulos para justificar as suas atitudes, como se Tomé fosse o símbolo da dúvida e da incredulidade. Até o cinema, geralmente, tenta diminuir a figura de Tomé apresentando-o como vacilante, desinteressado, sem entendimento.
Portanto, começo por pedir ao leitor destas linhas que tente pôr de parte qualquer ideia preconcebida a respeito deste apóstolo, para que possa examinar com imparcialidade o que diz a Bíblia sobre Tomé. Vamos examinar as suas dúvidas e sentir os seus problemas.
As primeiras referências que os evangelhos nos dão sobre Tomé vêm nas listas dos apóstolos. Tanto em Mateus 10:2/3 como Marcos 3:18 como Lucas 6:15 o nome de Tomé aparece relacionado com o de Mateus. Porque será que os evangelistas relacionam sempre estes dois apóstolos, Tomé e Mateus? Não tenho a resposta, mas talvez por terem trabalhado juntos ou por serem muito amigos ou por terem feitios parecidos. Mateus era pessoa ponderada e metódica. Vemos isso pelo evangelho que escreveu. Talvez Tomé também fosse assim.
Mas vejamos a primeira passagem que nos fala de Tomé e que se encontra em João 11:1/16
Estava então enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e da sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs, dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus; para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
Ora Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Ouvindo pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá? Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; mas, se andar de noite tropeça, porque nele não há luz. Assim falou, e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto. E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele. Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
Uns dias antes desta descrição, Jesus em Jerusalém identificara-se como o Filho de Deus, sendo rejeitado pelos judeus que pegaram em pedras para o matar. No entanto, segundo João 10:39/40 ...procuravam, pois, prendê-lo, outra vez, mas ele escapou-se das suas mãos. E retirou-se de novo para além do Jordão...
É portanto na outra margem do Jordão, no lugar onde João batizava que se passa esta cena que lemos.
Era uma hora difícil para os apóstolos. Voltar para Jerusalém era ir ao encontro da morte. ...ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?
Apedrejar era a maneira vulgar de se aplicar a pena capital prescrita pela antiga Lei. Os apóstolos tinham certamente assistido a várias condenações por apedrejamento. A execução fazia-se fora dos muros da cidade. As testemunhas punham as mãos sobre a cabeça do criminoso em sinal de que sobre ele repousava o crime, e despojavam-no das suas vestes, excepto uma faixa que lhe cingia os rins. Uma testemunha atirava a primeira pedra e depois toda a assistência apedrejava até à morte do condenado.
Voltar para Jerusalém era ir ao encontro da morte. O terror apoderou-se dos apóstolos em contraste com a serenidade do Mestre, difícil de aceitar numa ocasião destas. No entanto, era impossível convencer Jesus a desistir do seu regresso à Judeia.
A expressão que aparece no versículo 8 Disseram-lhe os discípulos é certamente um resumo duma longa conversa em que o apóstolo Pedro, impulsivo e precipitado, talvez fosse dos que mais falassem nessa ocasião.
Mas nem sempre, são os que mais falam aqueles que melhor compreendem. Ainda hoje, nas assembleias das nossas igrejas acontece isso.
Nem sempre são os crentes com melhor dom de palavra e que mais falam os que melhor compreendem os problemas. Por vezes, basta uma pequena frase dum crente que até aí se limitou a ouvir, para que tudo se esclareça.
Embora os apóstolos continuem a expor a Jesus os perigos do seu regresso a Jerusalém, Tomé, homem de poucas palavras, observa e compreende. Sim, Jesus sabe melhor do que ninguém os perigos a que se vai expor, mas Tomé vê que Jesus é obrigado a ir, para cumprir a divina vontade do Pai.
Só havia duas soluções. Ou abandonar o Mestre, ou ir ao encontro da morte. O primeiro discípulo que se decidisse, talvez arrastasse os outros indecisos atrás de si. Se alguém o abandonasse, talvez outros lhe seguissem o exemplo.
Vamos nós também, para morrermos com ele.
É nas ocasiões difíceis, que se manifestam os grandes homens e esse homem foi Tomé. Ele sabe qual a grande responsabilidade dos que seguem a Jesus. Ele sabe que é preciso ir com Jesus até à morte. Tomé foi o primeiro a decidir-se, plenamente consciente dos perigos da sua atitude. A sua coragem, fidelidade e amor para com o Mestre, levou-o a segui-lo dando o exemplo aos outros apóstolos.
Mas, vejamos agora outra passagem em João 13:36 a João 14:6.
Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus respondeu: Para onde eu vou, não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás. Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida. Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo: não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes.
Não se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós, também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Estamos na semana da crucificação. Cristo tinha tomado a sua última refeição com os seus apóstolos e dava-lhes em seguida as suas últimas instruções. Muitos e maravilhosos ensinamentos tinham sido ministrados aos apóstolos, que escutavam sem compreender tudo que se passava. Eles sentiam que grandes coisas se iriam passar.
Cristo falava em partir, em deixá-los, e não compreendendo todo o significado das palavras do Mestre, uma preocupação os dominava. Para onde iria o Mestre? Como o poderiam seguir? No entanto, não ousavam interrogá-lo. Pedro tinha-lhe dito: Por ti darei a minha vida, e logo ficara desiludido com a resposta de Jesus.
No entanto, o Mestre, vendo a tristeza de Pedro, disse-lhe as consoladoras palavras: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Só muito mais tarde é que Pedro haveria de compreender o significado desta frase. Só depois de ter negado o seu Mestre, só depois de desiludido consigo mesmo, é que havia de compreender que a sua segurança não dependia da continuidade da sua fé, nem da sua fidelidade, mas da confiança nas promessas de Jesus Cristo. É um pedido que o Mestre lhes fazia ...crede também em mim... Depois da prisão de Jesus, depois da sua crucificação, depois da sua morte, quando foi colocada a pedra do sepulcro, selada e guardada, o pedido haveria de persistir na mente dos apóstolos, ...crede também em mim... Apesar de tudo que virem, apesar de tudo que acontecer, crede em mim.
É um pedido que Jesus faz ainda hoje. Apesar de tudo que possa acontecer, apesar de todas as desilusões que possas ter na tua vida ou na tua própria igreja, ou com irmãos na fé, mantém a tua fé em Jesus.
É possível que, nesse momento, todos estes ensinamentos passassem despercebidos aos apóstolos. Eles tinham uma grande preocupação: O Mestre vai partir. Como poderiam eles seguir a Jesus?
Os apóstolos não compreenderam as palavras do Mestre e não ousavam interrogá-lo manifestando assim a sua ignorância. Foi Tomé o primeiro que expôs a sua dúvida, que era também a dúvida de todos os apóstolos: Senhor, não sabemos para onde vais, e como podemos saber o caminho?
É interessante, que enquanto Pedro manifestara a sua intenção de morrer por Jesus, Tomé pelo contrário, expõe a sua ignorância e aguarda o esclarecimento de Jesus.
Como é grande a diferença entre as palavras de Tomé e de Jesus. É a diferença entre o material e o espiritual, a diferença entre o amigo do “Cristo humano” pronto a segui-lo pelos caminhos deste mundo, e o “Cristo divino” que os convidava a seguir pelo caminho dos Céus. Como poderia Tomé compreender as palavras de Jesus?
Temos agora a passagem mais conhecida em, João 20:24/29.
Ora Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus. Disseram-lhe pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
E oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Diz o versículo 24 que Tomé... não estava com eles quando veio Jesus. A Bíblia não nos diz onde estava Tomé, no entanto, sabemos que ele perdeu esta oportunidade maravilhosa de ver o Cristo ressurrecto por não estar com os outros apóstolos. Como consequência, todos creram na ressurreição, menos Tomé.
O versículo 25, Diziam-lhe, pois, os outros discípulos... é certamente só um resumo duma grande discussão. É natural que eles discutissem durante muito tempo, talvez falassem todos ao mesmo tempo tentando convencer Tomé, mas foram mal sucedidos.
Para uma pessoa realista como Tomé, fora contraproducente o entusiasmo com que o quiseram convencer. Como resultado da discussão, Tomé ficou ainda mais agarrado à sua dúvida, acabando com a discussão com a sua tão conhecida afirmação: Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
Isto foi o fim da discussão. Foram palavras duras para os outros apóstolos. Talvez muitos se tivessem ofendido com a incredulidade de Tomé. Talvez se tivessem ofendido porque se esqueceram de que eles próprios não acreditaram nas mulheres enquanto Jesus não lhes apareceu.
No domingo da ressurreição, Jesus fez várias aparições incluindo aos apóstolos. Passa-se em seguida uma semana inteira sem que Jesus se manifeste. Os dias sucedem-se sempre iguais e em cada dia que passa, mais persistente fica Tomé em não crer na ressurreição. Cada dia que passa, parece dar razão a Tomé em não crer na ressurreição.
Como poderemos interpretar esta atitude de Tomé? Indiferença? Julgamos que não. Talvez o medo de se encontrar com Jesus depois de tudo que se passara. Ele que se declarara pronto a morrer pelo Mestre, que encorajara os outros apóstolos a segui-lo, afinal também fugira na hora de perigo. Talvez o medo de sofrer uma nova desilusão.
A convivência com Jesus levara Tomé a um mundo que não era o seu, e nesse momento, afastado do seu Mestre, voltara à sua antiga natureza materialista.
Assaltado pela tristeza, pela dúvida e pela desilusão, recusava-se a crer mesmo naquilo que visse, até que pudesse agarrar com as suas mãos e fazer como os cegos que por vezes se enganam menos que os outros.
Tomé renega a fé, vista superior da alma, renega a sua própria vista, o mais apurado sentido que Deus nos concedeu e só crê nas suas próprias mãos.
Podemos notar que, com as suas aparições, Jesus escolhia as suas testemunhas da ressurreição, aparecendo em ocasiões e em situações capazes de dissipar qualquer dúvida acerca da ressurreição.
Primeiro Maria Madalena, uma fraca testemunha em que os apóstolos não creram.
Depois aparece a mais mulheres, mais tarde a dois discípulos a caminho de Emaús cujo testemunho também foi recebido com muita reserva da parte dos outros crentes.
Em seguida aparece estando os apóstolos e outros discípulos reunidos, colocando-se no meio deles. Cristo teve o cuidado de se colocar no meio, para desfazer qualquer dúvida quanto a ilusões de óptica ou efeitos de luz. Ele se colocou no meio, para ser visto sob todos os ângulos e ainda mais do que isso. Segundo nos conta Lucas, Cristo pede alguma coisa para comer e tendo-lhe dado um pedaço de peixe assado, ele o comeu.
Jesus sabia que não só os olhares dos apóstolos mas também os dos crentes e dos críticos através dos séculos, estariam atentos aos mais ínfimos pormenores dessa cena.
Depois disto tudo, podemos dizer que Tomé já não tinha argumentos para manter a sua incredulidade. No entanto, Tomé não estivera presente nessa primeira aparição aos apóstolos.
Mas chega-se ao domingo seguinte e os apóstolos, como de costume, estavam reunidos no primeiro dia da semana e Tomé também lá estava.
Quanto não daríamos nós para assistir a esta cena tão importante?
Se eu tivesse oportunidade, não digo de assistir a esta aparição de Jesus, mas de nomear um meu representante para confirmar o aparecimento do Mestre, em vez de nomear o maior cientista ou o maior ilusionista, eu preferia nomear Tomé, pois esse era um homem realista, perfeitamente integrado culturalmente e que conhecia perfeitamente a Jesus para o não confundir com outro homem.
Tomé já não era o mesmo Tomé crente, mas um Tomé receoso, atento a todos os pormenores com a sua crítica destrutiva. Não era um homem pronto a crer e aceitar, que pudesse ser vítima da sua auto-ilusão, mas aquele que se recusava a crer até na sua própria vista.
Ele tinha esperado todos esses dias, quando a voz calma de Jesus soa com toda a nitidez. Paz seja convosco.
Era a mesma voz que Tomé tão bem conhecia e que durante três anos lhe falara da ressurreição que ele se recusava a aceitar.
O Mestre voltara com a sua saudação tão conhecida. Paz seja convosco.
Era o mesmo Mestre. Era a mesma saudação de Paz que Jesus dirigia nesse momento àqueles que dias antes o haviam abandonado e fugido, que haviam quebrado as suas promessas de morrer pela fé, que haviam voltado para os seus lares.
O Mestre não lhes dirige uma única palavra de censura. Em vez disso, voltara com a sua calma e serenidade para lhes dar a sua Paz. Essa Paz que excede todo o nosso entendimento. O Mestre está mais pronto a conceder o seu perdão do que nós a recebê-lo.
Jesus aproxima-se, olha para os apóstolos e fixa o seu olhar em Tomé.....
Ele viera propositadamente para Tomé. Era o bom pastor que vinha buscar a ovelha perdida, o mestre que vinha em auxílio do seu discípulo querido.
Jesus dirige-se para Tomé e coloca-se na sua frente. Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
Numa crise de fé, Tomé tem de decidir e agir. Ele sente uma nova, verdadeira e poderosa fé nascer no seu coração.
Aquele Mestre que ele tanto amara, aquele por quem estivera pronto a dar a sua vida, aquele em quem crera como homem, como mestre, como amigo, aquele em quem crera sem esperança, estava na sua frente. Cristo voltara de além-túmulo para lhe dizer que era mais do que um mestre, mais do que um amigo, mais do que um profeta.
Cristo voltara para lhe lembrar as suas palavras: Credes em Deus, crede também em mim. Tem confiança em mim, não com a fé sem esperança, não somente como amigo, mas como crês no próprio Deus a quem tudo é possível.
Tomé, movido pela poderosa fé que sentia no seu coração, disse o que até aí não tinha descoberto: Senhor meu, e Deus meu.
Tomé não se limita a ter uma nova opinião sobre a ressurreição de Jesus. Ele toma uma decisão. Senhor meu. Ele se arrepende e entrega-se incondicionalmente a Jesus aceitando-o como seu salvador.
Deus meu. Já não era a mesma fé sem esperança, movida pela lealdade a um amigo. Daí em diante, Tomé punha Cristo em igualdade com Deus Pai, cria em Cristo como o Filho de Deus.
Por vezes uma fé forte cresce vagarosamente.
Após três anos de estudos e experiências, alegrias e desilusões, Tomé atingira a verdadeira fé em Jesus Cristo como Deus omnipotente.
Tomé, o obstinado descrente no testemunho até aí dado pelos apóstolos, passara a ser o mais convicto de todos, avançando logo do facto da ressurreição para o adorar como Senhor e como Deus.
Quando da primeira vez Tomé se decidira a seguir a Cristo para morrer por ele, arrastara os outros apóstolos após si.
Com esta nova experiência de Tomé e com a sua declaração de fé, quantos crentes através dos tempos tem Tomé trazido aos caminhos do Senhor? Podemos dizer que, Tomé duvidou para que nós pudéssemos crer.
terça-feira, 19 de março de 2013
Resistindo ao diabo (1pe 5:6-9)
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; 7 Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 8 Sede sóbrios; vigiai; porque o Diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 9 Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.
Texto: 1Ped 5:9 (repetir)
Introdução: Minha mensagem de hoje é, "Como Resistir ao Diabo."
1. O Diabo é Real. Ele imita-falsificando as coisas de Deus. Às vezes, enquanto opera neste mundo, ele tem toda a aparência de um anjo de luz, um crente, ou um ministro.
2. O Diabo está aRruinando as vidas das pessoas.
Ele está Danando (levando à condenação) os pecadores.
Ele está Derrotando os santos.
3. O Diabo tem que ser Resistido.
Você não tem que brigar para ir para o céu. Você não tem que trabalhar para ir para o céu. Você vai para o céu simples e infalivelmente, se você realmente depositou sua fé em Jesus Cristo e sua obra redentora. No entanto, para ser um crente VITORIOSO, você tem que resistir (combater renhidamente) o Diabo.
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
I. RECONHECER OS PLANOS DE BATALHA DELE
2 Cor 2:11 Porque não ignoramos os seus ardis.
A. Dúvida, Duplo ânimo (Doubt
B. Desânimo, Desencorajamento (Discouragement
C. Desvio do rumo e atividade essencial (Distraction
D. Desonesto tapear (Deceit
E. Discórdia (Discord
F. Desespero, Depressão, Derrotismo (Despair
G. Demora, Desleixo (Delay
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
II. RENUNCIAR ÀS SUAS BARGANHAS
Mat 4:8-10 Novamente o transportou o Diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
A. Não Convide o mundo
B. Não Cobice o mundo
C. Não se Conforme com (não tome a mesma forma de) o mundo
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
III. REJEITAR SEUS ENSINOS, suas doutrinas
1Tim 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;
A. Examine os ensinos - prove(teste) todas as coisas
B. Expila as más idéias de sua vida
C. Exponha estes ensinos diabólicos. (denuncie-os).
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
IV. REPOUSAR SOBRE O SANGUE DECRISTO
Apo 12:11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.
A. Repouse sobre seu Poder Salvador.
1. Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; (Col 1:14) Mau Texto Crítico omite "pelo seu sangue", (cheque a Almeida Atualizada) e enoje-se.
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, (Apo 1:5)
B. Repouse sobre seu Poder Santificador
1. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (1 João 1:7)
C. Repouse sobre seu Poder Sobre-falante
1. E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. (Gen 4:10)
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
V. RETER-SE OCUPADO NO TRABALHODE DEUS
1Tim 5:13-15 E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem,gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer;Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. (1Tim 5:13-15)
A. Relaxamento é Desobediência
B. Relaxamento é Desonesta tapeação
1. Uma pessoa pode pensar que é diligente, mas ainda ser relaxado.
2. Algumas pessoas são relaxadas em quase que QUALQUER tipo de trabalho.
3. No entanto, na realidade, relaxamento é a falta de paixão em fazer o trabalho que Deus (o Senhor!) quer que façamos
C. Relaxamento é Destruidor, deletério
1. Deixa-o aberto ao ataque.
2. Davi permitiu-se ficar em casa quando devia ter ido lutar no campo de batalha. E foi então que ele caiu em tentação e pecou com Betseba.
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
VI. RECITAR (declarar, declamar) O LIVRO
E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus. (Luc 4:4)
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás;porque está escrito: Adorarás o SENHOR teu Deus, e só a ele servirás. (Luc4:8)
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. (Luke 4:12)
A. A Palavra de Deus Perfura o duro couro do Diabo
1. É uma arma espiritual (Ef 6:17) contra um inimigo espiritual (Ef 2:2).
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Ef 6:17)
Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. (Ef 2:2)
B. Ela Pronuncia a condenação do Diabo.
C. Ela Para os avanços do Diabo.
1.Ela é a única arma ofensiva no equipamento do crente-soldado Ef 6:10-17.
PARA RESISTIR VITORIOSAMENTE AO DIABO, VOCÊ DEVE:
VII. REQUERER SOCORRO DO CÉU.
Tiago 4:7 Sujeitai-vos, pois, a Deus,resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)
A. O socorro de Deus é sua Secreta arma
B. O socorro de Deus 'é Só pedí-Lo.'
C. O socorro de Deus é Suficiente e Vitorioso.
Deus vos abençoe...
Introdução a batalha espiritual (Ef 6:10-12)
Neste primeiro estudo estaremos abordando um tema muito importante para toda a Igreja de Cristo. Em muitas localidades, prefere-se não tocar no assunto, tentando assim, evitar uma chamada e suposta “Superestima a Satanás”. Isso em parte é verdade, porém, pior do que superestimar Satanás, é menospreza- lo. Assim sendo, assumiremos uma conduta que se funde em duas vertentes. Nem subestimando, nem superestimando o inimigo. São dois os erros que precisamos inicialmente evitar. O primeiro, de desprezar o inimigo e fazer de conta que ele não existe. Agindo assim, logo você descobrirá a tolice que fez. O outro erro, o de superestimá-lo, dando-lhe um status que não possui. Ainda que a Bíblia nos ensine a vigiar contra suas investidas, temos a garantia de que maior é o Senhor que está conosco e que as armas que Deus nos disponibiliza são suficientes para destruir todas as fortalezas do Maligno (2 Cor. 10:4). Batalha Espiritual! Eis o tema que nos propomos a discutir nesse estudo. Segundo o entendimento que extraímos da Bíblia, entende-se por Batalha Espiritual como o confronto invisível porém tangível entre as forças de Deus e as forças do Diabo; o reino de Deus versus o reino das trevas. Diferente das guerras terrenas, na Batalha Espiritual lidamos com inimigos invisíveis (2Rs6:15-18). Alguns cristãos conservadores preferem chamar isso às vezes de “a grande guerra invisível”. Esta Batalha por sua vez vem provocando muitas circunstancias e conseqüências que podem ferir pessoas, seja física, emocional ou espiritualmente. Algumas podem até ser passivas de morte. É por essa e outras razões (que estudaremos mais adiante) que se faz necessário conhecermos acerca do assunto Batalha Espiritual.
Boa Leitura e Boa Edificação!
Embora Batalha Espiritual venha a ser um dos temas mais polêmicos entre os cristãos na atualidade pois, enquanto uns defendem com muito entusiasmo, outros atacam tachando-o de herético e sem base bíblica, é importante que tenhamos uma visão panorâmica do que de fato diz a Bíblia acerca de tal assunto. Vejamos portanto o que diz o texto bíblico a seguir:
“...porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12)
O nosso grifo no versículo acima é propositalmente para nos chamar a atenção para o fato inicial pelo qual Paulo escreve este versículo. Se você é um cristão nascido de novo, nova criatura em Cristo então você está envolvido em uma luta contra Satanás. E ele está em guerra contra o povo de Deus e se você faz parte do povo de Deus, você tem um inimigo declarado. Paulo nos diz com muita clareza: “... a nossa luta...”
Observemos também que Paulo preferiu usar a palavra “luta” e não a palavra “guerra”. A razão disto é porque “luta” expressa a ação individual de cada soldado numa guerra. Cada soldado luta contra o inimigo. Um conjunto de soldados, lutando num certo lugar, constitui uma batalha e, o conjunto de todas as batalhas constitui uma guerra. Desta maneira, Paulo estava querendo ressaltar a ação individual de cada soldado, de cada um de nós, nesta guerra. De acordo com o Dr. Peter Wagner:
(1) Usa-se o termo “luta espiritual” quando se faz referência à ação de soldado a soldado. Refere-se a esse nível como sendo o “nível solo”, sendo a guerra travada contra a ação de Satanás e seus demônios na vida de uma pessoa. Este é o nível em que ocorre libertação de pessoas, individualmente;
(2) Usa-se o termo “batalha espiritual” quando se refere a um conjunto de soldados, ou seja, uma ou mais igrejas, unidas, guerreando contra o inimigo num bairro, cidade ou país. A batalha espiritual tanto pode ser a “nível solo” como a “nível estratégico”. Geralmente ela envolve não apenas demônios isolados de hierarquia inferior mas, principados, potestades e espíritos territoriais (detalhes sobre estes mais adiante);
(3) Usa-se o termo “guerra espiritual” quando referido a esta guerra em caráter geral, ou como a luta travada pela igreja contra Satanás e seus demônios, universalmente;
Qual é a nossa responsabilidade?
Embora a Bíblia nos garanta a plena salvação em Cristo uma vez que o aceitemos com fé e arrependimento, nossa caminhada cristã não pára por aí. No tocante ao inimigo que temos como declarado na Bíblia, ela nos diz:
“Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar ” ( I Ped. 5:8)
Este texto é uma séria advertência dada pelo apóstolo Pedro aos crentes da igreja primitiva, e que se aplica a nós também. Ora se após a salvação não houvesse perigo algum ao cristão de ser atingido pelo Diabo, não haveria qualquer necessidade de tal advertência. A simples existência deste versículo deve nos fazer considerar tal possibilidade e não só isso mas, este versículo é uma aprova de que estamos sujeitos a ataque de nosso inimigo. Porém para que isso não ocorra, Pedro diz que devemos ser sóbrios e vigilantes. Por hora vamos nos deter em entender o que isso significa.
Ser sóbrio significa estar atento, alerta ou livre que qualquer entorpecimento, como alcoólico, que inibe a nossa capacidade de discernir o que está acontecendo ao nosso derredor. É claro que o texto fala de está sóbrio espiritualmente uma vez que o perigo era de natureza espiritual. Um entorpecimento espiritual é a condição que não permite que o crente veja se está sob ataque ou sob qualquer outro tipo de opressão do inimigo. Nós não estamos habituados a encarar a realidade do mundo espiritual com a seriedade que seria necessária. Como não vemos, com olhos carnais, o que está acontecendo nas regiões celestes, ou seja, na esfera espiritual, muitas vezes a ignoramos totalmente e, deixamos de ser sóbrios espiritualmente.
Ser vigilantes. Também é óbvio que ele está referindo-se a uma vigilância espiritual. Vigilante significa “aquele que vigia”. Vigia o quê? Pelo o que Pedro diz em seguida, certamente concluímos que é a ação do nosso inimigo que, está ao nosso derredor. Temos de vigiar seguramente a nossa vida para que não venhamos a dar brecha alguma para ele. Porque conforme diz Pedro, nosso inimigo está a procura de alguém para que possa tragá-lo. Sem dúvida, é por isso que Paulo nos diz: “... nem deis lugar ao diabo. ” ( Ef. 4:27)
Esta é também uma palavra que nós, cristãos, temos que levar bem a sério. Ë claro, também, que se fosse impossível dar lugar ao diabo, não haveria necessidade alguma de Paulo advertir-nos quanto a isso. Aqui consagramos a palavra “brecha” com o sentido de “lugar dado ao diabo”. Brechas são oportunidades que damos ao diabo quando pecamos de maneira geral. Todo pecado é uma brecha dada ao diabo.
É de fundamental importância que estejamos conscientizados de que esta luta é real. Estamos em guerra com um inimigo que não está pára brincadeiras e além do mais ele não usa balas de festim. Ele lança contra nós uma munição bem real que no dizer bem constante de Paulo chama-se “dardos inflamados do maligno” (Ef.6:16). O importante, portanto é sabermos como estamos nessa guerra. Estamos tendo vitória ou sendo constantemente atingidos? Precisamos nos posicionar caso contrário não poderemos vencer o inimigo nem suas hostes malignas.
Uma atitude relevante que devemos assumir é a de não ignorarmos o que estamos tomando conhecimento pois, segundo as Escrituras, esse foi um dos motivos pelo qual o povo de Deus estava sendo destruído.
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oséias 4:6)
Se estivermos sendo destruídos (sofrendo a ação de Satanás e seus agentes), uma das razões é porque nos falta conhecimento. Que conhecimento? Da Palavra! E conhecimento da Palavra não significa apenas um conhecimento intelectual. Você já pode ter lido a bíblia várias vezes, e não conhecer a Palavra. Porque o sentido de conhecer é viver, experimentar a Palavra em sua vida. Conhecer intelectualmente, sem aplicar a Palavra, não basta. Jesus disse:
“Errais porque não conheceis as escrituras nem o poder de Deus” (Mat.22:29)
É impressionante o número de cristãos que não conhecem a Palavra por falta de entendimento, e que não têm experimentado em sua vida a realidade do que Deus fez em Cristo conforme nos revela a Palavra em Rm8:27.
“... o povo que não tem entendimento corre para sua perdição.” (Oséias 4:14)
Uma vez que já tomamos o conhecimento bíblico de que existe uma Guerra Espiritual sendo travada entre nós e Satanás não podemos ignorar tal fato. Porém somente o fato de sabermos que tal Guerra existe, não é suficiente para nos garantir vitória sobre nosso inimigo. Satanás não age sozinho! Ele tem a suas ordens asseclas espirituais que cumprem seus desígnios. E como lidamos com forças espirituais, é necessário que lancemos mão de uma das táticas mais antigas acerca de guerra. Conhecer melhor nosso inimigo pode ser a chave para melhor nos ajudar a saber como lidar com essa Batalha. A Bíblia sempre lança mão de figuras de linguagens e metáforas para nos ajudar a entender como é Deus, seu reino e as coisas espirituais. Nosso objetivo neste segundo informativo é o de nos capacitar biblicamente sobre quem é o nosso inimigo e, como podemos guerrear contra eles. É claro que não vamos nos deter demasiadamente em Satanás e suas obras, mas, creio ser necessário que tenhamos um mínimo de conhecimento acerca dele e de suas obras. Isto não só facilita nossa maneira de encará-lo como inimigo, mas também a certeza de com quem estamos lidando e de que cuidados devemos ter. Esperando trazer luz a toda essa questão e assim contribuir de maneira simples e bíblica para que possamos travar essa Batalha com responsabilidade e sabedoria espiritual a Deus e somente a Ele damos toda a Glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Preliminares:
Satanalogia é a parte da teologia cristã que se limita ao estudo de um ser espiritual chamado Satanás. Estudar e conhecer Satanás, o nosso adversário, e suas obras é de suma importância para todos os cristãos. Jamais devemos subestimar o Satanás como nosso inimigo. Embora seja retratado como uma figura cômica com chifres, capa e um tridente, na Bíblia, porém, ele é chamado de vários nomes que revelam seu caráter e intenções para conosco. Vejamos como a Bíblia o descreve:
Título descrito na Bíblia.
Referências:
1 - Satanás (Grego: Adversário) Mt 4:10; Jó 1:6
2 - Diabo (Grego: Diabolos= caluniador) I Pe 5:8
3 - Pai da Mentira e Homicida Jo 8:44
4 - Acusador Apoc.12:10
5 - Adversário de Deus e dos cristãos I Pe 5:8
6 - Belial = Grego: Perverso II Cor 6:15; I Sm30:22
7 - Belzebu = Grego: Senhor das moscas; Mt 12:24-27; Mc3:22
8 - Maligno = Grego: de Caráter perverso Mt.13:19
9 - Tentador = Grego: que tenta; arma ciladas I Ts 3:5
10 - Príncipe deste mundo Jo 12:31; Jo 16:11
11 - Príncipe da Potestade do ar ou céu Ef 2:2
12 - Deus deste século II Cor 4:4
13 - Lobo que quer devorar as ovelhas Jo 10:12
14 - Ladrão Jo 10:10
15 - Homicida Gn 4:8
16 - Valente Mt.12:29
17 - Serpente e Dragão Gn 3:1; Apoc 12:9
18 - Anjo do Abismo Apoc 9:11
19 - Passarinheiro Sal 91:3
20 - Leão que ruge para devorar I Pe 5:8
Todos estes textos acima revelam algo sobre este ser chamado Satanás. A Bíblia é bem clara: Estamos em uma guerra contra Satanás (II Cor 10:1-5; Altivez no Grego é Hypsoma = poderes cósmicos). Em I Pe.5:8 ele é chamado de nosso adversário. Em Ef.4:27 somos exortados a não da lugar a ele em nossa vida. Satanás não está agindo só (I Tim4:1), possui agentes a suas ordens. São demônios, espíritos malignos ou anjos caídos que obedecem a suas ordens. É bom que saibamos que Satanás é uma pessoa, e não uma força cósmica ou uma energia negativa. Ele possui uma personalidade, pois, é inteligente, tem vontades, desejos e sentimentos. É sagaz e hostil, inimigo declarado de Deus e dos homens (II Cor.11:3; Ap.12:17; IITim.2:24-26; Mt.25:41; JO 10:10; II Cor.2:11). Os demônios são inimigos espirituais, e a responsabilidade de todo cristão é enfrentá-los, diretamente numa luta espiritual conforme já estudamos em Ef. 6:12.
“...Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós sofismas ...” (II Cor.10:3,4)
A Bíblia usa a analogia de luta ao referir-se ao nosso combate contra Satanás e suas tropas. “Luta” é a palavra usada, pois ela indica combate corpo-a-corpo com os poderes das trevas. A maioria de nós talvez preferisse usar um canhão ou outra arma qualquer para atingi-los de longe, mas isso não é possível. A luta é bem pessoal e de perto (I Ped. 5:8). O inimigo é espiritual e as armas contra ele são espirituais. A luta também sugere que Satanás age por métodos táticos de pressão. Ele e seus demônios agem impondo:
1 - Opressão: significa afligir com intensidade causando ansiedade e preocupação;
2 - Depressão: significa humilhar; abaixar o nível de estima na alma;
3 - Compulsão: significa manusear; obrigar a fazer o que não quer;
4 - Obsessão: significa atormentar; perseguir e manipular;
5 - Possessão: significa exercer domínio sobre a pessoa;
Todos estes níveis de pressão são usados pelos demônios. Demônio do grego significa anjos caídos; espíritos malignos; espíritos maus e daimon= sombra inteligente. Segundo Ap.12:3,4 e Ap.12:7,9 eles constituem uma terça parte do anjos que habitavam o céu onde Deus está, antes da expulsão e queda de Satanás (Ez.28:11-19; Is.14:12-15 e Lc.10:18). Acreditamos que ajam pelo menos três céus revelados na Bíblia. O primeiro céu é a atmosfera, onde existe o ar. O segundo céu é a habitação de Satanás e seus demônios; onde estão os planetas, as estrelas e etc. E o terceiro céu é a habitação de Deus e dos seus anjos e salvos em Cristo (II Cor.12:2; Sal.20:6; Ec.3:1). É por isso que Satanás é chamado de príncipe das potestades do ar (céu) emEf.2:2.
A carta aos Efésios, no capítulo 6, versículo 12, nos fala de quatro coisas de suma importância quanto a hierarquia de Satanás de seus demônios. Paulo diz que nossa luta não é contra sangue e nem contra carne, mas, sim contra:
a) PRINCIPADOS – A palavra grega para este termo é “archás” que é usada para descrever uma serie de coisas, tais como líderes, reis, majestades. Assim: uma série de líderes ou governadores descreveria sua posição e organização. A palavra principados nos diz que o reino satânico está bem organizado. Satanás é o chefe de seu reino e sob seu domínio há uma hierarquia de espíritos de altas posições. A palavra principado também significa um território ou jurisdição de um príncipe ou o país que dá o titulo a um príncipe. Assim vemos que estes espíritos reinantes estão designados para tomar conta de regiões como nações e cidades. Isto pode ser observado em Daniel cap. 10.
b) POTESTADES – A palavra grega para este termo é “exousías” que traduzida quer dizer “autoridades”. Esta palavra nos diz que os demônios, colocados sobre varias áreas ou territórios, tem autoridade para cumprir qualquer das ordens que venham a receber.
c) DOMINADORES DESTE MUNDO TENEBROSO – A palavra grega para este termo é “kosmokrátoras” que traduzida quer dizer “príncipes deste século”, uma referência já feita a Satanás em João 12:31.Tal designação do inimigo enfatiza sua intenção de controlar e manipular.No dizer do Apóstolo Paulo, Satanás é chamado de “o deus deste século” (II Cor. 4:4).
d) FORÇAS ESPIRITUAIS DO MAL NAS REGIÕES CELESTES – A frase-chave aqui é de caráter injurioso e destrutivo. Estes poderes tem um só objetivo – o mal. Eles podem aparecer disfarçados em anjos de luz e por ilusão enganar a muitos pelo engano, mentira e sedução.
Jesus expôs seus maus objetivos nestas palavras:
“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir...” (JO. 10:10)
Paulo também nos deu mais esclarecimentos, quando ele escreve dizendo que devemos tomar toda a armadura de Deus e resistir “às ciladas do diabo”. A palavra “ciladas” no grego é “methodeía” que significa “seguir de perto, por método e plano acertado, usando fraude, astúcia e malandragem”. Isto mostra que Satanás é estratégico e metódico contra nós. Ele tem planos organizados para nos derrubar, mas, não o superestimemos demais pois, Jesus nos garantiu a vitória completa em Marcos 16:17: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expulsarão demônios”. Lc. 9:1 nos diz que recebemos poder e autoridade sobre todos os demônios.
Use sua autoridade!!!!
segunda-feira, 18 de março de 2013
A cura de um jovem lunatico (Mc 9:17-29)
Pergunta: "O que é um lunático mencionado na parábola bíblica? Quer dizer apenas uma pessoa epiléptica por exemplo ou tem algo mais?"
Resposta:
Vemos nesta passagem a cura de um jovem lunático. Esta cura foi uma cura diferenciada, porque o espírito maligno que tomava conta daquele jovem agia de duas formas para que ele não experimentasse uma cura:
- Deixando-o mudo: Porque satanás sabe que a cura se processa pelo poder da palavra, desta forma ele não tinha como clamar por aquela cura.
- Deixando-o surdo: Para que o jovem não fosse alcançado pela Palavra que cura, liberta e transforma.
Da mesma forma o diabo age nos dias de hoje colocando as pessoas doentes como mudas e surdas para poder manipular as suas vidas.
Hoje seremos curados para não sermos mais uma massa de manobra nas mãos de satanás, mas para nos movermos debaixo do mover de Deus através do Espírito Santo.
Veja a Narrativa Bíblica:
“E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo. E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade. E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.” Marcos 9:17 ao 29
Os discípulos não puderam curar aquele jovem porque eram uma geração incrédula, que significa a geração presencia os milagres, porém não os realiza, os religiosos são assim.
O religioso crê que pode viver milagres, porém não acredita que pode realizar milagres.
Vivemos porque sempre temos um milagre para viver porque para cada manhã há um milagre de Deus, um objetivo espiritual para cumprir e porque sabemos que a nossa vida não acaba hoje.
Quando vivemos sabemos que a enfermidade e que nenhuma situação é definitiva.
Vivemos porque sabemos:
- O que somos
- O que podemos em Cristo Jesus
- O que está preparado para nós
O Espírito de Deus se move enquanto estamos nos movendo. Quando paramos, paramos também a unção de conquista. Não podemos nos acomodar achando que aquilo que realizamos ou conquistamos é suficiente e já está bom.
O salvo em Cristo continua se movendo porque tem convicção que Deus tem sempre mais para realizar.
Esse mover é infinito, e o diabo quer que olhemos numa perspectiva humana, como o realizar de um projeto com início, meio e fim, mas é tempo de olharmos espiritualmente entendendo que no reino de Deus as realizações são eternas.
Só pode existir aquele que tem uma essência. A nossa essência é o nosso sentimento.
Temos um espírito restaurado por Deus, isso significa que temos uma essência.
Não sentimos o que os demais sentem, não temos os costumes e as manias que os outros tem, enxergamos o que Deus enxerga, sentimos o que Deus sente e desejamos o que Deus deseja.
Temos um espírito diferente
Aquele que tem a essência de Deus dentro de si, carrega dentro de si mesmo, os valores, os sentimentos de Deus.
Viver pela fé é algo bem diferente do que muitas pessoas têm como conceito – muitas pessoas vivem dificuldades, situações que jamais mudam em suas vidas, lutas terríveis e dizem com olhar pesaroso: “eu estou vivendo só pela fé, eu estou só pela fé”.
Viver pela fé não é isso, mas o contrário disso! Viver pela fé é contrariar as evidências
Deus já sabe todas as evidências que possam te dizer que “não”.
você também já sabe aquilo que é possível naturalmente.
o próprio diabo já conhece quais são as tuas limitações e sempre traz a tona às evidências, porém hoje o Senhor te chama e te desafia a viver pela fé!
Aquela situação foi mudada pela oração.
Nós somos o povo que vence pelo poder da oração. Muita oração, muito poder, pouca oração, pouco poder, nenhuma oração, nenhum poder.
Se nós orássemos mais, nós teríamos mais autoridade, e muito menos problemas.
A chave da vitória, o segredo da vitória é a oração. Mais valem cinco minutos de oração, do que horas de preocupação.
Jejuar é uma consagração a Deus para alcançar algo que é importante.
A sua consagração, o seu hábito espiritual, vão fazer com que você prospere.
Deus te dará uma condição privilegiada por causa do seu jejum e oração.
A sabedoria do Espírito estará na sua vida.
O Jejum trás liberações. Daniel foi bem-sucedido quando jejuou ao invés de aceitar hábitos malignos.
O seu costume não é buscar nas soluções da Terra, mas sim no Espírito.
Quando a sua vida está consagrada em jejum e oração, você está ligado ao Espírito de Deus. Deus sabe todas as coisas e, antes que te preparem armadilhas, Ele já preparou o livramento.
Deus vai te revelar, no mundo espiritual, qual é a estratégia do diabo.
Onde há consagração, há o derramar do Espírito de Deus. Com seu jejum e oração, você vai quebrar, no mundo espiritual, toda obra maligna.
Você vai encontrar soluções que ninguém nunca imaginou.
Jejue e ore para aproximar a direção do Espírito na sua vida.
A lição que esta passagem nos ensina é que, para alcançarmos a graça do Espírito Santo, não apenas devemos procurar adquirir a fé, mas devemos também procurar fazer com que ela aumente. Deus, de fato, quer enviar-nos a plenitude do Espírito Santo e, para isto, não quer apenas que nós creiamos, mas quer também que a nossa fé seja grande.
em outras ocasiões, em vez de Jesus censurar a pouca fé, elogiava algumas pessoas em que tinha encontrado uma grande fé.
São exemplos que mostram que, assim como a fé pode ser pouca, ela também pode ser muita, e que nos ensinam que, além de possuir a virtude da fé, para o nosso bem espiritual, devemos procurar fazer com que ela aumente
Estas narrativas contidas nos Evangelhos, como a do jovem lunático que os apóstolos não conseguiram curar, a de Pedro que afunda depois de ter inicialmente conseguido caminhar sobre as águas, a da mulher cananéia à qual foi concedida a cura de sua filha, embora sejam fatos que se tenham verificado na realidade terrena, são também ao mesmo tempo símbolos de realidades celestes, do mesmo modo que os fatos narrados no Velho Testamento, os quais, embora tenham acontecido realmente conforme os relatos contidos nas Escrituras, são símbolos das realidades descritas no Novo Testamento. Hebreus 10:1
A mulher com fluxo de sangue (Mc 5:27-28)
"Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na Sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei" (Marcos 5:27-28).
Fecho os olhos e me imagino na pele daquela mulher que teve doze anos de sua vida sendo repudiada pela família, amigos e por todos aqueles que a conheciam. Não me sentiria bem e não sei como reagiria sabendo que, por causa de um fluxo de sangue, eu seria considerada imunda e qualquer pessoa que tocasse em mim, também seria imunda.
Como eu me sentiria junto a meu marido, filhos ... enfim, junto a minha família?
A Palavra de Deus em Levítico 15:25-27 nos diz que ... "Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação. Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua separação. E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até à tarde."
O povo judeu obedecia com toda a reverência a Palavra de Deus e por isso essa mulher era considerada imunda por todo esse tempo.
Era mais comum a mulher ser considerada impura por apenas sete dias - tempo necessário para o período menstrual. Levítico 15:19 fala, exatamente, sobre isto ..."Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será imundo até à tarde."Com esta mulher, a situação era diferente, pois ela tinha o fluxo de sangue há doze anos e ninguém, com certeza, queria ficar junto dela. Ela era imunda, impura e todos se afastavam de sua presença. Não podemos imaginar o tamanho do seu sofrimento, pois, para ela, não havia mais cura para este seu tão grande mal.
Hoje, com o avanço da medicina, este seu problema, certamente, seria resolvido, pois ela poderia estar com um tumor fibroso, ou com alguma infecção ou problema hormonal mas, naquela época, muitos médicos trataram dela em vão. Podemos ler, no evangelho de Marcos 5:26a, que ela "... havia padecido muito com muitos médicos" e além de tudo, ela havia "despendido tudo quanto tinha" (Marcos 5:26b).
Ela era uma mulher assim como eu e você, sujeita a doenças e pronta a gastar e despender tudo com qualquer coisa necessária para obter a cura.
. Muitas vezes, nos tornamos fracas, desencorajadas porque procuramos resolver tudo com nossas próprias forças.
. Muitas vezes, perdemos a esperança porque não entregamos tudo nas mãos de Deus.
. Muitas vezes, nos esquecemos de que o nosso Pai Celestial é o médico dos médicos e o Deus dos impossíveis. Ele pode curar as nossas enfermidades quando Ele quiser sem ter que marcarmos dia, nem hora.
Esta mulher que tinha o fluxo de sangue por doze anos nos dá um exemplo de fé que deve ser seguido por nós, pois, "... sem fé é impossível agradar-Lhe" (Hebreus 11:6).
Quando ela soube que Jesus curava e fazia muitos milagres, seu coração se encheu da certeza de que esta seria a sua chance de cura.
A multidão que seguia Jesus era muito grande mas a sua vontade de ficar boa era muito maior. Não importava quantas pessoas ela teria que enfrentar, o importante era que ela tivesse, pelo menos, a chance de tocar nas vestes dEle.
O plano para a sua vida já estava traçado. Jesus sabia tudo que estava para acontecer e, de repente, Ele sentiu que ela O tocou. Mas, certamente, para tornar público aquele ato de fé e de coragem, Ele disse: "Quem tocou nas Minhas vestes?" (Marcos 5:30b). Ela, num ato de medo ou reconhecimento, caiu a Seus pés e contou-Lhe sobre os doze anos de sofrimento por causa de uma hemorragia, sua separação dos seus entes queridos e também o dinheiro que gastou com médicos. Foram doze anos de solidão e tremenda aflição. Ela sabia que não deveria tocar em ninguém mas, pela fé ela arriscou ser censurada pelo rabino e por todas aquelas pessoas que seguiam Jesus tocando em Suas vestes.
Ele, ternamente, falou com ela. Não a censurou, não a chamou de pecadora mas de filha. Jesus disse-lhe palavras doces que a deixaram feliz ... "Filha, a tua fé te salvou" (Marcos 5:34).
Como você se sentiria se ouvisse Jesus lhe chamar de filha e ainda lhe dizer que você estava salva?
Amada irmã, três coisas importantes aconteceram na vida desta mulher depois que o Senhor proferiu estas palavras ...
1) Ela foi curada de uma hemorragia que a separava de seus entes queridos e amigos.
2) Ela foi chamada de filha por Jesus, o próprio Deus que a criou.
3) Ela foi salva não apenas pela fé que ela depositou em Jesus mas, principalmente, por Seu grande amor por ela, morrendo na cruz do Calvário no seu lugar
Quantas bênçãos ela recebeu em sua vida , de uma só vez! Agora, ela estava curada, tornou-se uma filha de Deus e foi salva para todo o sempre. Foi necessário, somente, um toque amoroso de suas mãos nas vestes de Jesus.
O nosso Salvador é Aquele que está sempre conosco nas horas difíceis da nossa vida. É Ele que ...
1- nos cura quando pensamos que não há mais nada a ser feito;
2- nos sustenta quando estamos prestes a cair;
3- nos carrega em Seus braços amorosos quando nos encontramos prostrados;
4- acalma nossos corações quando nos encontramos aflitas;
5- em Sua Palavra, nos diz 365 vezes "Não temas!";
6- nos perdoa quando nos sentimos, completamente, perdidas por causa dos nossos pecados;
7- nos consola quando perdemos um ente querido e a dor é insuportável;
8- nos dá a paz mesmo quando estamos no "vale da sombra da morte".
9- firma os nossos pés na Rocha eterna;
10- nos pode dizer ... "Filha, a tua fé te salvou."
"Obrigada, Pai, por cada detalhe da minha vida que Tu cuidas!
Obrigada, porque somente Tu podes sondar meu coração e me embalar quando estou necessitando de Ti!
Obrigada, porque somente Tu conheces meus pensamentos e diriges os meus passos para que eu não tropece e caia!
Obrigada por esta mulher que colocaste na Bíblia e que serviu de exemplo de fé para a minha vida!
Aumenta a minha fé, Senhor, para que com ela, eu possa agradar-Te!
Por favor, Senhor, cura todas as minhas enfermidades, tanto as físicas como as espirituais!
Deixa-me tocar em Ti naqueles momentos em que estou lendo a Tua Palavra.
Deixa-me tocar em Ti enquanto derramo no Teu altar as minhas preocupações, rancores, ansiedades...
Amém!"
Ah, amada irmã, como devemos ser sempre mulheres agradecidas a Deus!
Ele, na Sua Palavra, faz-nos promessas maravilhosas, promessas de um verdadeiro Pai amoroso. Dentre tantas promessas, Ele promete nos curar assim como curou a mulher que tinha hemorragia.
Vamos nos deleitar nas doces palavras do nosso Deus?
"E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu sou o Senhor que te sara" (Êxodo 15:26). Obrigada, Pai!
"Senhor meu Deus, clamei a Ti, e Tu me saraste" (Salmo 30:2). Obrigada, Senhor!
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é O que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades. Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e misericórdia" (Salmos 103:1-4). Obrigada, meu Deus, pela Tua bondade e misericórdia!
Como é bom saber que o Senhor me ama e se importa comigo!
Que possamos usufruir deste amor com muita fé e com um espírito agradecido e confiante.
Assinar:
Postagens (Atom)